Fracasso das previsões da inflação
Função pública deve perder poder de compra pelo nono ano
Os trabalhadores do Estado deverão este ano perder poder de compra pelo nono ano consecutivo. Basta para isso que, tal como acontece desde há pelo menos dez anos, o Governo falhe as suas metas de inflação.
Os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - que dão conta de uma inflação de 2,5 por cento em 2007 contra os 2,1 previstos - confirmam o que começa a ser uma tradição: o fracasso das previsões de inflação inscritas no Orçamento do Estado (OE).
Caso se repita este ano a situação, os trabalhadores vão, como vem acontecendo desde 2000, perder poder de compra. Isto porque os aumentos de 2,1 por cento aplicados à função pública são iguais à inflação prevista no OE-2008, mas a estimativa do Banco de Portugal é de que ela chegue a 2,4. O próprio Governo admite no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que a inflação atinja os 3 por cento se o preço do petróleo rondar os cem dólares em termos médios este ano.
Em 2007, os funcionários públicos viram os ordenados subir 1,5 por cento, mas a inflação foi de 2,5. E, no ano anterior, os 1,4 por cento de aumentos foram comidos por uma inflação real que chegou aos 3,1 por cento.
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