Aproveito o post do meu amigo FA para destacar este parágrafo do artigo.
"A CRISE ENERGÉTICA
O quarto detonador é a crise energética em curso que poderia desembocar numa explosão inflacionária e recessiva superior às dos anos 1970. Existe uma causa estrutural que a provoca: o esgotamento das reservas, agravado pelo facto de que todas as grandes potências industriais, as tradicionais e as emergentes, são também grandes importadoras de petróleo. Em fins dos anos 1990 os prognósticos mais sérios assinalavam que entre 2010 e 2012 chegaríamos ao máximo da extracção (o temível "Peak Oil" ), mas era uma avaliação errónea baseada na sobre-estimação da reservas disponíveis, sobretudo as do Médio Oriente, da Ásia Central e da Rússia. De qualquer forma, essa proximidade teria bastado para que em meados da década actual a combinação (confrontação) das estratégias energéticas dos países centrais, das grandes empresas petrolíferas e dos especuladores conseguisse fazer subir os preços do combustível. Mas acontece agora sabermos que o período anterior ao Peak Oil foi encurtado: as jazidas da Bacia do Cáspio não são tão generosas como se supunha, muitas daquelas do Médio Oriente (sobretudo da Arábia Saudita) e da Rússia estão a ser sobre-exploradas, pelo que já nada pode deter a corrida de preços.
Contudo, existe um bloqueio global de informação sobre o tema. Cada subida de preços aparece nos meios de comunicação como provocada por algum factor circunstancial (Katrina, declaração infeliz de Bush, alguma turbulência política no Médio Oriente, etc) mas a realidade não pode ser maquilhada de maneira indefinida. Além disso as fontes energéticas de substituição não estão livremente disponíveis no curto-médio prazo de modo a gerar uma reconversão rápida. Isto significa que os preços do petróleo continuarão a subir sem tecto à vista. O fenómeno já afecta de modo significativo os custos industriais dos países centrais e em algum momento provocará a contracção em conjunto dos lucros e do consumo.. O fantasma da "estagflação", que muitos acreditavam encerrado no baú das recordações nos anos 1970, regressaria rejuvenescido. "
Os primeiros passos da megacrise por Jorge Beinstein em http://resistir.info/
"A CRISE ENERGÉTICA
O quarto detonador é a crise energética em curso que poderia desembocar numa explosão inflacionária e recessiva superior às dos anos 1970. Existe uma causa estrutural que a provoca: o esgotamento das reservas, agravado pelo facto de que todas as grandes potências industriais, as tradicionais e as emergentes, são também grandes importadoras de petróleo. Em fins dos anos 1990 os prognósticos mais sérios assinalavam que entre 2010 e 2012 chegaríamos ao máximo da extracção (o temível "Peak Oil" ), mas era uma avaliação errónea baseada na sobre-estimação da reservas disponíveis, sobretudo as do Médio Oriente, da Ásia Central e da Rússia. De qualquer forma, essa proximidade teria bastado para que em meados da década actual a combinação (confrontação) das estratégias energéticas dos países centrais, das grandes empresas petrolíferas e dos especuladores conseguisse fazer subir os preços do combustível. Mas acontece agora sabermos que o período anterior ao Peak Oil foi encurtado: as jazidas da Bacia do Cáspio não são tão generosas como se supunha, muitas daquelas do Médio Oriente (sobretudo da Arábia Saudita) e da Rússia estão a ser sobre-exploradas, pelo que já nada pode deter a corrida de preços.
Contudo, existe um bloqueio global de informação sobre o tema. Cada subida de preços aparece nos meios de comunicação como provocada por algum factor circunstancial (Katrina, declaração infeliz de Bush, alguma turbulência política no Médio Oriente, etc) mas a realidade não pode ser maquilhada de maneira indefinida. Além disso as fontes energéticas de substituição não estão livremente disponíveis no curto-médio prazo de modo a gerar uma reconversão rápida. Isto significa que os preços do petróleo continuarão a subir sem tecto à vista. O fenómeno já afecta de modo significativo os custos industriais dos países centrais e em algum momento provocará a contracção em conjunto dos lucros e do consumo.. O fantasma da "estagflação", que muitos acreditavam encerrado no baú das recordações nos anos 1970, regressaria rejuvenescido. "
Os primeiros passos da megacrise por Jorge Beinstein em http://resistir.info/
0 bitaite(s) sobre “Os primeiros passos da megacrise (2)”