A euforia neoliberal dos anos 1990 e os delírios militaristas que se seguiram são hoje recordações apagadas, seus impactos mediáticos esgotaram-se. Assim como nesse remoto passado abundavam os peritos que profetizavam o milénio burguês, agora muitos deles anunciam a chegada próxima de uma megacrise mundial muito mais poderosa que a dos anos 1970. Numa nota publicada em Agosto de 2005 Stephen Roach, economista chefe da Morgan Stanley, alertava acerca da iminência da "primeira crise energética da era da globalização" e para os numerosos pontos débeis da economia norte-americana perante o referido fenómeno. Contudo, um mês depois, na mesma newsletter, Roach colocava o défice da balança de transacções correntes dos Estados Unidos no primeiro nível de periculosidade. Por sua vez,
por Jorge Beinstein
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