Dois milhões de portugueses vivem com menos de 360 euros por mês.
Dezanove em cem portugueses tem um redimento anual inferior a 4.321 euros, mas este ascende a 41 por cento se apenas considerarmos a verba resultante dos rendimentos do trabalho, excluindo as transferências sociais. Este valor coloca Portugal no grupo de dez países com uma taxa superior à média europeia, que é de 16 por cento. Um grupo liderado pela Espanha, Grécia e Irlanda, ocupando Portugal a quarta posição.
A importância das transferências sociais ganha novos contornos quando verificamos que contribuem para diminuir a taxa de pobreza em 15 pontos percentuais, nos casos de pensões de reforma ou sobrevivência, e em sete pontos percentuais, quando estão em causa pensões de velhice, doença, desemprego ou inserção social.
Os idosos a viverem sós e as famílias com dois adultos e três ou mais crianças dependentes (até 16 anos) constituem os grupos em que o risco de pobreza é mais representativo.
Por outro lado, o grupo etário entre os 25 e os 49 anos apresenta a menor proporção de pessoas a viver abaixo da linha de pobreza. São ainda os agregados familiares compostos por dois adultos, sem crianças, ou com apenas um dependente que acusam os valores mais baixos de risco de pobreza.
Outra das conclusões do estudo é o fosso acentuado entre pobres e ricos na sociedade portuguesa em 2004. “O rendimento dos 20 por cento da população com maior rendimento era 6,9 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com menor rendimento”, lê-se no relatório disponibilizado na página online do Instituto Nacional de Estatística. Esta desigualdade de rendimentos coloca Portugal na liderança da tabela da União Europeia com 25 membros.
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